Nada.
Ao deitar das árvores sob o sol
O rio que passava aqui, desmancha-se
Sem resquícios de aguas passadas
Eu observo o movimento das ondas
Realizo que agora é mar
Incito em mim as lágrimas
Além dos meus próprios desejos
Trago me mim a tristeza
Aceito em mim os anseios
Ou apenas observo o mar chegar
Mantendo-me imóvel
A ver minha vida passar
Inscritas em mim estão as farpas
Secretamente colocadas em mim
Sem que eu menos percebesse...
Introduzo em mim o desgosto
Para que ao menos reconhecesses...
Lamento por não querer te ver
Espero fielmente que superes a dor
Sincero fui desde o início
Só não escondi de ti a dor
Encravada em meus ossos
Virei vítima de meu próprio mal
Ou apenas vítima da impossibilidade do ideal...
Com meu peito escancarado eu sigo
Entre dores e mágoas não mais te persigo
Me guardo o direito de ser só
Enquanto você pensa se quer pensar melhor
A alegria em mim esvai-se
Momentâneamente guardada longe de nós dois
Amor... o que será isso?
Somente aquilo que duas pessoas sentem
Somente aquilo que você sentiu?
Enlaço em mim a dor.
?
leia a raiz da dor. Que não mais adormece.
Poema Acéfalo.
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- Published:
- às 16:20 on 29/04/2008
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- Cicatrizes do Forbidden
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