Chumbo

Eu estava errado.
Eu estava errado o tempo todo...
Eu estava errado quando achei que você e eu éramos algo que não tinha o direito de acabar.
Eu estava errado quando pensei que uma briga idiota não ia destruir 5 meses de convívio.
Eu estava errado.
Eu estava errado quando pensei que não era lógico um namoro começar com um cara que se acaba de conhecer...
Eu achei que isso fosse acabar rápido, e você ia voltar... Mas eu estava redondamente enganado.
Eu achei que o amor fosse motor suficiente pra que outra pessoa me amasse, mas eu estava errado.
Eu achei que tudo fosse passar bem rápido, que nós nos veríamos denovo como amigos, e nunca mais sofreríamos por esse motivo. Mas eu estava errado.
Eu achei que eu ia te ver na rua e ia me controlar pra te cumprimentar... Mas eu estava errado.
Eu errei por muito mais coisas do que eu sou capaz de lembrar...
E se eu errei é justo que eu sofra, para não errar mais.
Mas eu posso estar mais uma vez, errado.
Não me surpreenderia que tudo mudasse de repente... Mas eu erraria denovo...
Eu só acertei quando eu disse que sabia como ia acabar...
Comigo sem você me sentido um pedaço remendado de gente tentando (sempre em vão) parecer recomposto, e você praticamente em núpcias com alguém que eu não conheceria.
Eu errei...

Não existe nenhum caminho até mim agora...
Eu já estou longe.

Posted at às 11:09 on 30/11/2008 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

Nuvens Secas

De todos os lapsos de memória,
Aquele menos irritante é o das suas lágrimas...
Pelo menos elas eram sinceramente por mim.

A cada manhã de janelas fechadas e cheiro de mofo,
o que mais sinto falta é você me ligando,
provavelmente me entretendo de coisas que mau escutava,
Apenas ouvia algo mais importante: Sua voz.

Quando eu saia de casa pra te ver,
O que mais me lembro não é da alegria de te encontar,
Nem do abraço apertado de "oi",
Mas de quanto eu rezava a cada metro
Pra que você me recebesse com aquele mesmo abraço,
Aquele mesmo beijo, que fosse o mais inocente,
Mas era a ansiedade de te ver que me dava vontade,
O fato em si já era tão fora da realidade,
Que pouco importava se eu estava feliz de verdade,
Ou só fugia de mim mesmo pretendendo que você me amasse.

Hoje eu tenho mais alegria quando eu vejo uma foto sua,
Ou quando você aparece repentinamente,
Do que quando lembro, sozinho,
De como você gostava de mim,
E agora mal nos falamos.
É mais dificil encarar meus pensamentos
do que as reais provas de que você está longe.

É mais difícil encarar a mim do que a você.
Você parece feliz, eu confronto uma imagem sóbria,
mas pálida, toda vez que me vejo.
Em você eu vejo a felicidade que nós queríamos,
Em mim eu vejo a tristeza que eu temi.

Mas depois de ter te visto correr de mim,
Chorando, e depois te abraçar ridiculamente,
Depois de te ligar num domingo de manhã,
Ouvir um "alô" feliz, mas terminar com soluços e lágrimas,
Depois de um dia ter dito que não te amava,
É dificil não acreditar que o pior já passou.

É dificil achar qualquer coisa, na verdade...

Posted at às 02:18 on by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

Daqui Para o Fim... Ou Adiante (parte: 1)

Largando aqueles que lhe amavam,
Segurando firme este último trago,
Negando o céu tão esperado,
Fecha os olhos que choravam.

Talvez seja a alma, a alma doente
De alguém que quis amar e nunca amou.
Tantos passaram em seus braços e tanto gritou
Que nem mais espera seu rei sorridente,

És aquela princesa derrotada,
Injustiçada, amargurada, tudo humilha.
Tristonha, da solidão és eterna filha,
Rainha da face chorada.

Abraça a dor, cheia de sofrimento,
Sem sorrisos, sem esperança.
A vida por um fio que balança
E que se rompe e a mata neste momento.

Posted at às 01:16 on 28/11/2008 by Postado por AlxSeth | 1 comentários   | Filed under:

Palavras Só(s).

Eu te ignoro, eu não te esqueço.
Cada vez mais vou acostumando meu coração,
da vontade escondida,
De como seria bom te dar um abraço...
Sinto como se amasse um cadáver, ou um fantasma...
Eu nem te vejo, nem pra me machucar um pouquinho,
Até em meus sonhos você está desbotando, desaparecendo aos poucos...
Me sinto cada vez mais longe, mais forte e mais distante
De todas as palavras que eu quero esquecer,
Mas eu me sinto mais próximo da saudade
das lembranças manchadas que eu tenho de você...
Não sinto saudade de te fazer chorar...
De te ver rapidamente sem poder olhar,
de me segurar pra não te beijar,
Sinto saudade de quando isso tudo era tão livre...
O que torna tudo ainda pior, já que é tão impossível...
Foi um momento tão sublimemente rápido,
Que é imposível reproduzir...
Qualquer dia que eu te encontrar agora,
Seria de um silêncio antagônico aos tempos onde,
Não havia assunto que não falássemos com desenvoltura,
Não havia dia em que não houvesse a vontade de ouvir sua voz,
Não havia chuva me impedisse de fazer a mais idiota visita,
A mais fútil conversa era a mais interessante,
A mais longa caminhada com você era a menos cansativa...
No fim eu não sonho mais, eu só consigo lembrar...
Lembrar de seu sorrisso, cada vez mais encardido...
Eu espero que ainda sorrias como antes...
Na verdade eu sou de certa forma atormentado com essa certeza,
Mas é uma dor que me alivia,
Me dói ter cada vez mais a certeza de que ficar longe de mim foi o melhor pra você,
Mas me alivia saber que ao menos ficar longe eu soube fazer,
E que isso te fez feliz...
No fim, eu te fiz feliz, pela abstinência...
E não estou triste, só estou sozinho...
E sozinho é inevitável olhar para onde seu rosto antes a mim sorria,
Sozinho é inevitável... Mas esse sozinho não deve durar pra sempre...
E então, tão de repente quanto eu te encontrei,
Pode ser que eu te esqueça, e pode ser que nada aconteça,
E pode ser que eu amadureça,
E um dia nos encontremos denovo não para sofrermos,
Mas para ficarmos juntos...
E então eu poder sonhar novamente...

Posted at às 17:04 on 27/11/2008 by Postado por Forbidden | 2 comentários   | Filed under:

Lacrimosa - Dich Zu Töten Fiel Mir Schwer

Te Matar é Difícil

E não existe nenhum ar
E não existe nenhuma espaço
E não existe nenhuma ansiedade
E isso é tudo o que eu deixei
Eu tenho que sair
Eu tenho que ir
E ainda assim - eu estou apenas procurando por você
A vida que eu nunca encontrei
Vida - meu refúgio em desespero
Tudo o que eu fiz foi amaldiçoa-lo
Para depois e mais profundo ainda
Procurar o seu beijo
Você - luz de minha alma

E agora para você
Minha mente doentia
Prezervada na liquidez do tempo
Eu lhe dei sangue do meu coração
Alimentei-a com o poder dos sentidos
Eu a deixei ter muita autoridade
Até lhe dei autoridade sobre minhas ações
Eu lhe dei amor - minha confiança
Minha amiga - você me machucou
E ainda - isso não acabou

Eu ainda a ouço respirar
E ainda posso ver o tremor de suas mãos
Memórias começam a tomar vida
Começam mais uma vez a me torturar
E silenciosamente ganham meu coração
Meu coração - você dor confiante

Você me manteve vivo
E me atingiu com mais torturas
E eu ainda não entendo
Não - ainda não acabou
Eu ainda posso ver o brilho em seus olhos
O tremor do seu corpo
Portanto mata-la foi difícil
Sim - matar foi difícil
Seu nome hoje soa como um livro vazio
Como uma promessa nunca cumprida
Mata-la foi difícil
Sim - mata-la foi difícil
Por um curto período você foi a luz
E você foi minha passagem para o mundo
Porém, você agora jaz suave
Vagarosamente morrendo dentro de mim

Posted at às 14:47 on 24/11/2008 by Postado por Forbidden | 2 comentários   | Filed under:

Ao Meu Reflexo

As águas turvas dos lagos abandonados
Atualmente só me recordam à podridão,
O que antes refletia a beleza e a luz,
Somente mostram uma face mais densa da escuridão,
Uma que está alojada em mim,
Que não me deixa te ver e não mergulhar em ti,
Que não me deixa te ver e não me esconder em mim...

Cada palavra que eu destilei sobre você,
Cada verso onde eu te disse que teu ódio seria a mim um alívio,
Cada parágrafo que dava a entender a luz que em mim crescia,
Eram linhas hipócritas.

Cada dia em que minhas palavras foram se tornando mais doces,
Cada gesto que foi se tornando mais sutil,
Cada palavra que foi se acariciando em teus ouvidos,
Cada toque que foi se tornando mais gentil,
Foram gestos hipócritas.

Cada poema que eu li e senti o alivio de te sentir,
Cada sonho que eu criei pra me ver perto de ti,
Cada acorde que eu criei pra ilustrar o seu amor em mim,
Foram fantasias hipócritas.

Me enobrece a vontade de te ver feliz,
Mas me enoja a hipocrisia da minha alma em te deixar pra trás...
As gotas que caem do céu azul,
As folhas que se jogam das árvores,
Os relâmpagos dos dias de sol,
São mais plausíveis do que dizer que eu não penso mais em ti...

São mais reais os acordes vagos onde eu te escuto,
Que as palavras densas onde eu te expurgo...

Posted at às 16:21 on 21/11/2008 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under: