Tela

Oníricamente a face não tem cor,
Resume seu viver em um exisitr incolor,
Cravado de pedaços e palavras...

Palavras, essas que tem endereço,
Quão ridículas são as declarações!
Quão óbvias são as mentiras,
Não passam de orgulho os entraves,
Lento a despertar tão tarde,
O amor que é cego e é inutil!

Amor esse que é compartilhado,
Mas não entre nós direcionado,
Como é pífil ver-te proferir
palavras tão óbvias e tão densas,
As mesmas as quais escondo aqui!

Posted at às 23:53 on 24/06/2009 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

Julgamento

Quão infeliz é a saudade,
O desgosto do desejo,
A falta do te ver...

Questiono se perto seria melhor...
Talvez seja a distancia que nos salve,
Mas é tão doloroso querer-te aqui,
Que me pergunto se valeria a pena um constante sofrer,
No trocar por ve-la sempre...
E com nossos recentes encontros a considerar,
vejo que ia ser mais que um sofrer constante...
Seria um acostumar;
Seria novamente acostumar ao silêncio, ao chorar baixinho;
Mas eu teria com quem argumentar
Coisas que só entre nós faziam sentido...

Eu quero a tranquilidade de poder falar-te,
Sem ti por perto a felicidade é efêmera;
Persiste até você surgir em minha mente...
Só queria também que fosse justo,
Que fossemos fiéis a nossos sentimentos...
Se mesmo mentindo, escondendo, ainda queremos ficar juntos,
Que mal há se houver consentimento?
O sofrimento sempre fez parte de nós,
E eu nunca quis te deixar pra trás...
Mesmo doendo é melhor a dor do que a aflição que sinto,
De ter-te de volta em minha mente, mas não em meus ouvidos...

Um dia o nosso "adeus" será feliz,
Não o prelúdio de uma manhã chorosa;
Cansei de leva-la embora e voltar ao copo,
Quero levar comigo a certeza de que te importa...

Quero teus lábios procurando os meus,
Não os meus a caçar-te em vão...

Mas não tenho forças pra desejar,
O ânimo de sonhar já a muito se foi,
Você sente o que eu sinto, você chora pelo que chorei;
Mas eu nunca quis isso...
Me transformou, me recriou,
Mas me cortou feridas que nunca fecharam...
E que doem sempre que eu beijo outra boca,
Abraço outro corpo, falo besteiras por falar...
Me dói por que eu sei que não é com esta boca, nem com este corpo,
Que eu seria feliz...
Me dói por que minha felicidade está em ti,
Transcendendo tudo que passamos...
E sei, que se tu sentes o que eu sinto, será assim...
Me beijarias sem querer realmente,
Me abraçaria procurando outros braços...
E de adianta que tu sofras, se só te afasta...

Posted at às 22:33 on 23/06/2009 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

d(Eu, Você)=k

Me devolva as palavras
Que respondem às perguntas que me faço,
Por que eu não me importo mais?

Me alivie as dúvidas,
Por que ela não me importa,
Por que eu não dou a mínima importância,
Enquanto ando sonhando com alguém ainda mais absorto?

Não ouse voltar,
Não arrisque ouvir de mim que você perdeu seu tempo,
Perdeu sua vida distante de mim,
Jamais te perdoaria por ter me feito esperar,
Por ter me feito te amar sem eu mesmo querer,
Por ter realmente me amado e não admitido,
Por ter um dia ainda brigado comigo,
Não te perdoaria jamais, mas não ousaria discordar de mim...

Que mal me fazes, quantas dúvidas motivas,
Quantos nãos já falei por tua causa...
Quantas vezes acordei com a alma mordida...
Quantas vezes me tiraste a calma!

Nós que nunca fomos nada,
Que nada é esse que toma tanto espaço em mim?

Posted at às 21:07 on 10/06/2009 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

Oceano e Trevas

Cortaram as cordas
Que atavam minha vida
A pedaços disformes do passado.

Rangeram portas atrás de mim,
Fecharam-se caminhos,
Mas desataram-se nós em mim.

Nós que me confundiam...
Prendiam, em lembranças,
Em fatos inverossimeis,
Nós que nunca seríamos,
Nós que nunca fomos.

Nós que atavam dores,
Nunca fomos,
Nós que nos amavamos,
Talvez tenhamos sido,
Mas do que nós são culpados?
Só dos nós que se tenham partido...

Posted at às 14:59 on 07/06/2009 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

Som (Capricórnio, Capricórnio)

Não há certeza de nada, exceto a energia
Que circunda, rodopia, gira
Vai crescendo.
Eu vou sentindo como se você estivesse aqui,
Como se quissesse ao menos estar.

Mas eu já senti isso antes,
O que há de diferente?
Há que com você não há o que cobrar...
Não menti, não trai,
Não sofri...

Há o que presente,
No próprio presente estar,
O que sente o presente,
Em ti mesma não ficar

Não ficaram marcas, antes tivesse as deixado;
Que o que fique permaneça por mais tempo...
E se não ficar, não será pra sempre...
Não será o último, e não será o único,
Será apenas um, será apenas mais um;

Será apenas um sábado...

Posted at às 01:00 on by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under:

Água (Aquário, Gêmeos... )

Regando jardins de esperança,
Nutrindo rosas rasgadas e caídas,
Reuno pedaços em sorrisos de meio lábio,
Mais profundos e sinceros que uma boca inteira.

Poeira, fuligem.
Não há carros, mas o ar não é puro,
meu corpo não é tão leve,
E o som não é tão suave...

Eis então que sua voz se aproxima...
Teu beijo só me lembra o carinho...
Tuas palavras não me trazem dor,
Queria eu ter despertado sozinho,
Mas quão bom é acordar a dois...

E ver meu corpo ir purificando,
Seus lábios lentamente adocicando,
Com o doce de meus beijos,
Embalar-te um contido sono,
Aquecer-te em uma noite fria...

Se soubesseis do quanto me libertaste...
Talvez me prendesse em teus abraços,
E não mais me soltasse!

Posted at às 01:19 on 02/06/2009 by Postado por Forbidden | 0 comentários   | Filed under: