Meus olhos ardem de lágrimas não choradas
Da saudade que eu prefiro não mostrar correspondida
Minhas fracas veias o pobre peito esmaga
Bombeando a cada segundo dores mais malditas
Meu sangue é rio poluido,
Cheio do lixo da mágoa e da mentira
Meu corpo é lento e enegrecido;
Meu coração se endurece a cada dia;
Corpos jazem em frente meus versos
Lambendo as feridas e os remendos dos meus lábios
Verdades com as entranhas expostas
Que você estripou uma a uma com suas palavras
Rasgo a fraqueza enterrando-a em águas turbulentas
Todas as ruínas e colunas
Que mantinham em pé o sentimento
Mas que cruel é o meu amor;
Que se move e se ergue mesmo esquartejado;
Seus olhos e atos são como melodia hedionda
Que fere meus sentimentos e devora minha vida
Que seria de mim ao teu lado,
Senão vítima indefesa à tortura condenada,
Te ouvir e te ver, te beijar com medo de te perder
Perfuraria meus olhos por te ver distante,
Arrancaria meus braços por tornarem-se inúteis na tua falta
Seria como ter em mim um espinho penetrante,
Que entraria em minha pele pra cortar a minha alma...
Tortura
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- Published:
- às 19:53 on 12/10/2009
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- Cicatrizes do Forbidden
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