Rasgas a pele que me cobre o corpo, o coração bate (ou não).
Conto os passos para sair, descompassado.
Revejo as memórias em esquecimento.
Pedir-te-ei novamente para que fiques,
Mas de que te servem as promessas exiladas na manha
Se quando o sol cair elas sucumbem ao esquecimento?
As palavras e os olhares são adversativos:
O som que nos faz escorregar de falésias,
O sentimento é cândido e por tal temido.
Novamente a noite cai.
Os dias são monótonos.
Volta: estás aqui.
Sê: ainda és (serás),
E se erro em palavras (ilude-me)
Culpa-me do erro e estrai de mim (tudo),
Desta vez serei ténue, não falarei.
Fundo-me a ti e não somos:
Bato no fundo, descaio
Bate a paixão, incessante
No pulsar, intrigante
Do utópico (será?) amor:
Converte-me, quebra-me o ego
E aos poucos me esfaqueio:
Se sonhar-te é crime em enleio.
O tempo envolve-me em compassos de luxúria:
Alanceia-me com o teu olhar.
Não faço o que devia, teria de,
Por te amarrares às minhas veias.
E uma lágrima cai
No chão sôfrego que dela bebe,
Reflexo dos espelhos azuis que te anseiam mirar.
23/04/2008
Ruben (Magykeiser)
Les Yeux
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- Published:
- às 13:50 on 29/04/2008
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- Cicatrizes do Rubens
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