Uma síntese imperfeita da simbiose carnal hominal exemplificada em pequenos instantes despedaçados incrustados em peitos nus e virginais (ou não).
Cortes profundos que cicatrizam sem cicatrizes, pastas de dor que não dóem com o tempo, tu és as cores que eu não enxergava, tu és as facas que me cortavam, tu és as estrelas que eu não alcancei, tu és as farpas da minha saudade.
Lábios que diziam palavras voláteis que logo ligar-se-iam com as palavras que da minha boca partiam, teus lábios eram os mares por onde meus barcos se perderiam, teus lábios eram os céus por onde meus aviões rasgariam em queda, teus lábios são os pesadelos que eu sonhei, teus lábios são os sonhos que eu nunca imaginei.
Teus olhos eram as margens do infinito realizado em pedaços parcelados do amor que eu achava possível de alcançar, teus olhos eram as luzes que me faziam enxergar, teus verbos eram os olhos a que me faltavam, e teu olhar era o mundo ao qual eu tentava despertar.
Tu és o que de mim foi usurpado, tu és o que a alguém foi agraciado, com a mesma facilidade que a mentira pelos meus ouvidos entrava e pela tua boca saia, tu és a falsidade ignorante que me cercava, tu és a luz exatasiante que me cegava, tu és o aconchego que mesmo assim desejava, tu és o abraço que me falta.
Síntese
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- Published:
- às 21:21 on 19/01/2009
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- Cicatrizes do Forbidden
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