Navega em mim de velas abertas,
Larga tua âncora em mim e repousa
Tua mão sobre meu corpo.
Ancore-se no meu peito,
E abrigue-se nas minhas mágoas,
Corte-as ao meio e desfacele-me,
Eu sou o rio que sobrou do seu mar,
Que secou nas veias de uma solidão,
Meus pedaços boiam no meu sangue,
Meu corpo nada.
Meu ego se perdeu nas cachoeiras dos teus olhares...
Eu te amo, na mesma proporção que me afogo
Corto meu âmago em pedaços e te cobro,
Pelas pequenas mentiras no teu olhar...
Meu barco velejará,
Pra longe de ti.
Deixe-me ir, e não me faça me arrepender...
Eu vou pra longe, pra ver se o mundo é redondo
Se eu nadar até o fim dele,
Voltarei para os teus braços, um dia...
Tempestades são as palavras soltas,
Os ventos secos,
Os perfumes doces,
Os olhares cabisbaixos,
E os cabelos negros,
Que me lembram você...
Mas meu barco está em alto mar,
A deriva, solto pelo seu navio,
Aos poucos me distancio,
Até um dia ancorar em mim mesmo.
E não me faça querer pular no mar,
Nadar de volta tudo que velejei,
Não me faça seguir de bote pelo rio extenso,
Nas águas turvas da derrota superada,
Não me faça colocar tudo a perder...
Deixe-se acorar em mim, mas não me faça recair...
Crie um novo rio, abra-me em mar,
Mas não me faça querer voltar a nado...
Os 7 Mares da Minha Culpada Consciência
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- Published:
- às 20:58 on 06/02/2009
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- Cicatrizes do Forbidden
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