Doença Crônica

Somente às minhas ocultas companhias permito saber,
O quão efusivamente desejo tocar-te a face...
O quão profundamente desejo-te o bem,
Em detrimento dos meu próprios sonhos...

Momentos privados me são momentos de privação...
Sozinho, sua ausência se torna mais notável...
No calor do travesseiro tua falta é mais constante,
Em alguns momentos chego até a senti-la...
Até me iludo em pensar que te faria feliz o meu toque...
Até que você aparece na minha frente,
Reluzindo os olhos enamorados,
Alheia ao mundo ao redor e ciente da própria alegria...
E então faz-se pó a minha ilusão,
Faz-se cinzas o meu peito,
Faz-se faísca da minha compaixão...
Que ainda insiste em ponderar:
"Que seja feliz, não comigo, mas com quem quis"
Antes eu compartilhasse desse desejo...

Quando então desistirei finalmente?
Nunca movi um músculo para ter-te em meus braços novamente...
Mas minha mente sempre alimentou a esperança no seu amor...
Mas até dele, e principalmente dele, eu devo desistir...
Mas como é duro desistir de algo tão desejado...

Meu coração pesa mais que meu corpo...


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