Capital

É como um céu estrelado,
As estrelas se apagam com a luz da noite,
A luz elétrica fútil e podre...
Só sobram as estrelas mais próximas ou mais brilhantes,
Assim como as vezes só se notam as luzes menos distantes,
Mesmo que no além destas existam muitas outras,
Muito mais brilhantes, muito maiores e muito mais belas...

A lua assiste um relampejar de luzes fracas todas as noites,
As luzes dos olhos que ainda choram por estrelas cada vez mais distantes,
As fracas cintilâncias de corações amargos de tão ácido que se tornaram.

As nuvens já não são mais obstáculo,
Não para os meus pensamentos,
As luzes ainda cegam meus olhos,
Que ainda marejam com pensamentos inúteis...

Como é difícil admitir que não foi NADA
Que jamais será alguma coisa,
Sendo que por meses pra mim foi tudo,
Admitir de uma vez que nunca será NADA

Eu REALMENTE amei,
Eu REALMENTE sofri,
Eu REALMENTE mudei,
Eu REALMENTE quis...

De todos os meus defeitos e erros, eu jamais fui falso...
Talvez tenha sido burro de tentar mentir coisas óbvias...
Mas estava escrito na minha cara todos os meus sentimentos,
Estavam fervendo em minhas veias todas essas palavras...

Mas não foi NADA, e jamais será alguma coisa...
Eu perdi, eu não superei e sou fraco
Eu admito ao mesmo tempo todos esses defeitos...
É tão dificil esquecer, por que é admitir mais que uma impossíbilidade,
É admitir uma incrivel e sonora DERROTA.

E uma derrota que eu perco cada vez mais...


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