Vento

Hiatos...
Forças dissipativas, carcaças,
Ruínas e vazios silenciosos...
O Sono, a Ira,
O desespero, a revolta...

Que há de ruim em sofrer,
além da falta de esperança?
Corta-me a garganta pensar em soluções...
Dilacera-me o peito pensar em possibilidades...

Que há na vida de tão ruim,
que não possa perder-se a esperança?
Seu rosto, em meio a números,
Soa como um tiro de misericórdia...
Como vc podia ser boa...
Como podia ter sido a redenção...

Às vezes penso e sonho,
Após um dia exaustivo encontrar-te em casa...
Dormir a teu lado, viver em teu colo,
Conversar coisas fúteis em troca da tua companhia...

Não me devolvas à apatia...
Não me devolvas à derrota...

Não queiras assistir de perto tudo que passei contigo longe...
Não seria agradável a visão... te forçaria a te afastar,
E assim tudo seria o que sempre foi;
Corrosivo até perfurar meus olhos,
Lágrimas ácidas que doem ao cair,
choros da minha alma que insistem em não se expor materialmente...

Dúvidas não são bem o termo,
Sofro de certezas, impossibilidades...
No amor, na vida, na alma...
Sofro de profecias incompletas,
de calmarias inquietas...


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