d(eu)/d(vida)....

Seja a vida em módulo
Há sempre limites;
Tendendo a pontos inalcançáveis,
Com todo rigor matemático.

Sistemas sem soluções reais,
Linhas de zeros a cada poste que ficou pra trás
Até que uma única operação os soluciona
Mesmo que seja imaginária, a solução se toma
Descoordenando meus eixos,
Invertendo meus desafetos e desapegos.

Tangente a sonhos e secante à decepções;
É parte de descontinuidades de funções,
Que não se derivam nem em meras novas razões
Sem variar, sem inflexões

Quero continuidade,
Quero simplesmente que haja solução;
Estou cansado de equações pela metade,
Com eixos faltando e a verdade;
Cansei de viver numa abcissa morta,
Quero pontos pra me dar sentido.

Minha vida é como uma função descontínua e complexa;
Cuja solução luta pra não ser simplesmente imaginária
Que se defina e se ache uma e apenas uma,
Ordenada que satisfaça o meu sistema
Resolva meus dilemas,
E que um dia eu me veja
No ponto de ordenada esta e abcissa eu mesmo
Que será o ponto onde me verei sem medo.


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