Ânsia

*Os artistas que se dependuram nos arietes das angústias
Observando a fraca carne em pútrida lamúria
Desprendem-se em vermes que lhe consomem a carne escura
Remoendo-se em dores que a própria mente estupra;

Estalando como juntas pobres de cálcio
Ossos que esfarelam como em tétano agonizante
Te persigo como andando a pés descalços
Ouvindo tuas afrontes que me clamam por infante;

Fraco sou eu de ti diante
Realizo que minhas ações não passam de palhaçadas,
Que me deixam cada vez mais de mim distante...

Queria eu que fosse menos variante,
Que minha personalidade predominasse às minhas burradas,
Mesmo ciente que me chamarias de farsante...


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