(...)

Se meu peito pudesse te falar cada palavra,
Ou mesmo ainda se houvessem palavras para tal;
Se ele descrevesse em capítulos minha angústia
Em ver teu pulso marcado cicatrizante...

Teu amar por mim seria testado,
Você jamais faria isso de novo,
Por medo de me ter calado,
Sob a terra que nesse dia você teria se atirado...

Eu te amo, por mais que eu não seja o bastante sábio pra demonstrar...
Eu abriria mão de tudo por ti...
Não me mate por matar-te, você mataria ao menos minha vontade de existir...
Me encarceraria num constante te procurar e não te ter...
Que medo eu tenho de um dia te perder,
Que me congela nesse instante de ser o que devo...
Se meu peito pudesse te contar a dor que sente
Ao relembrar a imagem de teu pulso fino...

Eu temo por você longe de mim...
A cada vez que me despeço, sinto-me rasgar
E agora ainda temo, pelos motivos que fazem-te sangrar...
Como eu queria poder estar perto de ti quando fizeste o que fez...
Como me dói a imagem do que poderia ter acontecido,
Me mato só por pensar no teu suicídio...

Eu imploro que nunca mais repita...


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1 comentários:

  1. Darkiin 3 de novembro de 2009 às 00:51

    Perfeito, perfeito...
    Por favor nunca parem de escrever, nem de atualizar o blog.
    Me deparo com Augusto dos Anjos e afins, ainda vivos, hehe

    Abraço e parabéns