Poças de chuva me afogam,
E essas tempestades só encharcam à mim...
Concordo - seus lábios me confortam,
Até mesmo quando distantes dos meus - mas perto dos meus ouvidos;
No entanto, não paro de perder minhas meias
Inundadas de lama e areia suja,
Por pisar em poças esse tempo todo.
Existe um amontoado de água suja nesse caminho,
Coisas que me ferem, e que você é incapaz de enxugar.
São as feridas que as coisas simples me causam,
Estas que você acostumou a ignorar.
As mesmas que - irônicamente - te perfuram
Mas você sabe fingir que não dóem...
Eu ainda não aprendi a te usar como toalha,
Embora você seja um calor que evapora bastante lágrimas.
Só queria a certeza de um calor, ou mesmo um entardecer morno,
Que eu tivesse alguma certeza de perdurar.
Talvez eu queira algo naturalmente impossível...
Descompassar essa simetria da minha vida,
De noites, invernos e outonos rigorosos
Que se alternam com esses verões chuvosos.
Enfim, só quero meias secas e seus lábios aquecidos.
Poças
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- Published:
- às 17:57 on 27/05/2010
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- Cicatrizes do Forbidden
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