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O quadro com meia dúzia de fotos na frente da minha cama,
É bem o retrato de uma inutilidade inerente e atemporal.
Até o curativo no meu polegar mostra como facilmente me flagelo.
Um terminar apócrifo, invalidando uma suposta recuperação.
Injustiça, talvez, comigo. Mas não totalmente.
Injustiça é um dia ter achado que era o meu motivador maior,
Agora tão pequeno, e cada vez mais desmotivante.
Não textos de versos longos que vão diminuir o que eu sinto,
Que nem o tempo, nem a tal distância, esta que eu já estou bem acostumado,
Foram capazes de modificar. Nem a aparente impossibilidade foi capaz.
A teimosia por vezes idiota me fez chegar até aqui,
E espero eu, me faça enxergar todos os valores e não as mágoas.
E esse encerramento sem dono só me piora.
Noites que só são bem dormidas, por que as lágrimas são um bom travesseiro.
E as súplicas aos que nem entre nós estão, para que me mostrem uma - só basta uma - solução, me aliviam, de certa forma.
Sinto escorrer pelos meus braços uma completa inutilidade.
Daquelas que se tem quando algo imensamente grande escorre pelos dedos,
E vc fica parado, imóvel, tentando de todas as formas sair do lugar,
Mas cada vez mais afundando numa lama de futuros despedaçados.
Não consigo ver nenhum futuro, além de uma projeção repetitiva desse presente.
Mas, sendo isso o mais doloroso, eu já estou mais que acostumado (a te ver de longe, sendo "feliz" com outros lábios encostando nos seus e perdendo as esperanças totalmente, pra dois dias depois me pegar imaginando nós dois juntos, no meio da pior aula do período).
Enfim, vou partir deonde parei. Melhor, mas...
É óbvio que não era pra ser assim. Mas está sendo, então que seja.


Desculpem o poema mal feito.


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3 comentários:

  1. Thuan Carvalho 20 de maio de 2010 às 03:08

    mas foi bom.
    a sensação não, o poema.
    em si.
    ah, da pra entedender.
    muito bom.

     
  2. mon 26 de maio de 2010 às 00:37
  3. Camila 8 de junho de 2010 às 20:33

    Poema bom sim senhor!

    Melhor parte: Mas cada vez mais afundando numa lama de futuros despedaçados.
    Não consigo ver nenhum futuro, além de uma projeção repetitiva desse presente.


    =)