Des Môts

Observa o corpo imóvel, a carne putrefacta:
Lábios secos e sem sabor.
O coração parado, pele sórdida,
Desistência da tentativa diametralmente oposta de ser.
Bebe do sangue, sente o choque metálico
Absorvido pela língua, atomos em êxtase.

Rupturas de sentimentos, caminharemos de mãos dadas com a desgraça,
E se no ódio mal sentido ela se amordaça,
Estende a mão e agora afasta.
Solta-me, solta-te.
Bater de corações: empírico e frívolo,
Descai a consternação: acaba a saúde mental.
.
.
.
Acorda, ama.
.
.
.
Nos teus olhos: traços etéreos,
E se não me sinto, é por te evitar sentir.

(Re)cria-me: odeio-me por não gritar que te amo.

Significativamente cardíaco,
O sonho é fictício.

Quero-te perguntar o que sentes.
Não o farei.

21/04/2008
Ruben (Magykeiser)


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1 comentários:

  1. Forbidden 29 de abril de 2008 às 13:32

    Magy, seu estilo é realmente incrivel, ando adorando seus poemas pela métrica (ou pela falta dela).

    Parabéns *_*