Observa o corpo imóvel, a carne putrefacta:
Lábios secos e sem sabor.
O coração parado, pele sórdida,
Desistência da tentativa diametralmente oposta de ser.
Bebe do sangue, sente o choque metálico
Absorvido pela língua, atomos em êxtase.
Rupturas de sentimentos, caminharemos de mãos dadas com a desgraça,
E se no ódio mal sentido ela se amordaça,
Estende a mão e agora afasta.
Solta-me, solta-te.
Bater de corações: empírico e frívolo,
Descai a consternação: acaba a saúde mental.
.
.
.
Acorda, ama.
.
.
.
Nos teus olhos: traços etéreos,
E se não me sinto, é por te evitar sentir.
(Re)cria-me: odeio-me por não gritar que te amo.
Significativamente cardíaco,
O sonho é fictício.
Quero-te perguntar o que sentes.
Não o farei.
21/04/2008
Ruben (Magykeiser)
Des Môts
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- Published:
- às 14:15 on 27/04/2008
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- Cicatrizes do Rubens
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