ensinaste-me a canção das mágoas que embalou o meu sonho. hoje sou somente o teu rapaz escondido no bolso do teu casaco que chora as lágrimas com que escreves um livro.
não preciso de roupa - os dogmas estendem-se para serem vistos. hoje o ar extinguiu-se, gritarei não precisar dele para respirar.
volta que eu volto, de novo com as palavras. até lá deixarei a caneta adormecer e não voltarei a macular nenhuma folha. volta que eu volto, a correr pela calçada lisboeta gasta numa noite em que se cante fado em todos os restaurantes da Baixa, com o meu cigarro por entre os dedos, enquanto se ouvem tilintar as garrafas de vinho tinto na rua.
choro com as mãos e sorrio com as veias porque o sangue me pulsa nas artérias. o amor é tão profano. ainda me faltam as palavras para te definir.
Noite
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- às 20:20 on 17/05/2008
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- Cicatrizes do Rubens
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