Suícidio Dionísiaco

Dissipa a nuvem que em mim se fez calma,
pois o presente de Prometeu já não me é útil.
Solta pela última vez esses desgostos no ar
e caminha sem a companhia deste enfermo Atlas!

Então se esvai, sombra de alma má sanada
e guarda um lugar nesta barca mortuária
para quem os prazeres enforcou com abusos,
vindos de quando não conseguia ver Hélio.

Serpente a devorar a própria cauda,
era eu a seguir Dionísio
nessa dança sobre cacos de vidro,
me era prazeroso o nocivo.


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2 comentários:

  1. Rúben . 84am 8 de maio de 2008 às 14:47

    *____*
    É talvez dos seus poemas q li até hoje que mais gostei; no entanto: onde está a pontuação? xD

    Mas otemo trabalho Wall!

     
  2. W. 8 de maio de 2008 às 16:59

    Como pelo menos aqui é possivel consertar alguns erros, arrumei a pontuação, obrigado por lembrar-me desse erro, Ruben.