Idealizei o erro perpetuado pelo preço alto de tua devoradora indecisão
Excita ainda caminhar em teus espinhos e arranhar-me por tua paixão
Desgosto cospe em mim minhas próprias fraquezas
e a solidão é sinal que Hades se encantou da tua beleza
Regurgitar o que se sente é tão infiel ao presente
que vivemos de fingir uma preocupação
que se dissipa exatamente ao soltar-mos as mãos
E insistir é só fraqueza de quem quer ser decente
Mas querida, nosso ópio se esvai ao piscar de olhos da injúria
Então mantenha sóbria essa marca de Eros bêbado em fúria
Deita e dorme, pois de mim hoje só verás indiferença
sem o vento para soprar e dissipar a nevóa densa
Que nestes esgotos que meu coração habita
ainda vejo ratos a lamber-me as feridas
Então tu, Métis infame, nega-me em Letes
e deixa-me sem barca atravessar Aqueronte
Um mergulho em Aqueronte
About this entry
Youre currently reading Um mergulho em Aqueronte.
- Published:
- às 01:08 on 04/05/2008
- Category:
- Cicatrizes do W.F.
- Previous:
- Postagem mais antiga
- Next:
- Postagem mais recente
4 comentários: