Frio

Sinto frio, sinto medo
Sinto raiva,
Me aconchego em um nada
Construindo em colunas de dor

O escuro me abriga, me dá calor
Embora o frio prevaleça, sem cor
Deixe o vento ventar,
Deixe as vozes cantarem,
Deixe os corpos caidos,
Deixe os braços soltos.

A floresta densa recobre meu peito
Sem voz, sem corpo, sem leito,
Eu me recubro com a solidão
Ela aquece meu coração,

Que estranha é tua ausência
A felicidade que me deste foi uma ilusão
Tão efêmera quanto meu coração,
Nós clamamos tantas evoluções
E terminamos igual eramos antes
Você, feliz e confiante,
Eu sozinho, com frio e cambaleante.

Deixe o vento ventar,
Deixe as flores murcharem,
Deixe as folhas caírem,
Deixe a tristeza entrar...


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