O Crediário

Fere ferozmente,
Corta sutilmente,
A sensação de saudade do retrocesso,
a dívida, a dívida...

As nuvens escuras que me rodeiam novamente,
A paz me roubam docemente em doses,
Cada gesto, um golpe.
Dívidas, dívidas.

Dívidas que dividem minha alma,
Em frações indeterminadas,
Em numeradores nulos,
Cortes expostos e frágeis,
Palavras que ecoam sem minha vontade...

Dívidas, dívidas,
Que possuem minha alma,
Dívidas, dívidas,
Que destruiram minha calma,
Dívidas, dívidas...

Sonhos...
Que penosos!
Dívidas que ecoam até no meu astral,
Falhas incorretas...

Rasgue, rasgue,
Perfure.
Deixe-me pagar a conta à vista,
Essas prestações estão me matando...

Dívidas, dívidas,
Dividindo meu tempo entre obrigações, sonhos e tempo perdido,
Queria eu perder meu tempo...


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