Vômito

Eu simplesmente tenho a esperança,
que te abraçando bem forte, a ponto de não discernir
O meu corpo do teu,
Algo te faça mudar, e entender que teu sofrer
é meu morrer de amor, meu morrer de dor, meu morrer.

Grito, te beijo e te abraço,
Sem forças nem formas de lutar
Contra você própria, enquanto você se inimiza

Esfacelo minhas próprias palavras nos teus lábios
Percorro teu corpo a procura de tuas brechas,
Tua beleza que te cega, tua bondade que te prega
À inveja, esta que te massacra,
Nutro repulsa e ódio, marca nefasta de medo,
Garras afundadas no sebo das lágrimas secas no teu rosto
Maquiagem borrada de mentiras auto-contadas,
Inverdades que te dizem e tu tomas como verdade...

Tuas palavras que me ferem por me conscientizar que te feres toda noite,
Quanto te deixo e vou pra casa, pra dormir lembrando da tua voz,
Mal sabes que rasgo meu coração em lágrimas
Por imaginar a tua falta, a tua dor, as tuas mágoas

Solução, eis a fé que nutre meu coração
Meu peito que chora escondido do teu olhar,
Das mãos que te acariciam e da boca que te faz rir
Que depois secam lágrimas e sentem o gosto salúbre da tristeza
Como pode ser tão difícil enxergar essa óbvia beleza?
Dói, fere, penetra na carne, remoe minha alma,
A negação tão dolorosa de verdades indubitáveis,
Substituídas pela crença nas mentiras perversas daqueles que te invejam...


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3 comentários:

  1. André Coribe 4 de fevereiro de 2010 às 15:54

    Interessante.

    tem alguns momentos que parece que foi escrito pra mim.

     
  2. Feer Amaral 4 de fevereiro de 2010 às 16:16

    Mto bom o texto...

    Gosto muito da maneira como vc escreve...

    Uma poesia visceral, incontida, verdadeira...

    Um grande abraço...

    Paz e Força Sempre...

     
  3. Gui sosuza 3 de julho de 2010 às 00:52

    Ai, é um prazer perceber que existe bons escritores à solta nesse mundo caosDá uma passada no meu blog, ve o que achas.Sucesso

    http://gagri.blogspot.com/