Dezoito

Certos olhares superficiais e passados flutuam,
A uma hora e quarenta minutos.
Minha cabeça, deitada nesse banco desconfortável,
Faz-se redoma frágil, envenenada.
Minhas paredes se quebram com teu partir,
Se partem em cacos costuráveis.
Rasgo-me friamente, que nem percebes como
Sozinho, qualquer felicidade é efêmera demais...
Nenhuma conversa, nenhuma visita de amigo
Faz acabar a saudade e a noite,
Vazia de pessoas, de futuros e de sono.
Cheia de choros engolidos, músicas repetitivas e sorrissos não sorridos.
Finjo a mim mesmo dormir, e acordo 7 horas depois.
O que dói é ver que por mais que eu tente evitar
Acaba sempre ficando do jeito que não devia ser.
Não foi assim que planejei,
Escolhi os números para eles - e só eles -
Serem a parte que eu não saberia resolver...


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2 comentários:

  1. Renato Moss 17 de julho de 2010 às 22:37

    Sua expressão é perfeita.. parabéns

     
  2. Lizandra L. 27 de julho de 2010 às 10:45

    Leio seus versos lembrando de fases antigas que passei, soam tão reais e próximos.

    Parabéns. Você tem o dom da expressão do que sente em palavras!

    Ou se caso não sente, isso sim é o que posso chamar de empatia e sendo assim merece ainda mais parabenizações!

    =D