Nesse ar claustrofóbico da solidão
A qual me ponho em dispor total,
Ausências cada vez mais presentes reavivam
Sofrimentos e dores inconscientes,
Imagens de uma morte dolorosa, um olhar seco e vazio.
Quando as frases trabalhadas dos poemas fúnebres e antiquados
Me atingem em sua força magna,
Ajoelho-me no colapso do meu peito, nessa fisgada interminável
Essa ansiedade pelo vazio do futuro,
Todas as lágrimas que insistem em não cair,
Se acumulam em um coração demasiado cheio, de dúvidas e emoções,
Que balbucia batidas tímidas.
Ah, que saudade das batidas rápidas de quando eu te vejo.
Essa imagem tão torturante me atormenta.
Aquele olhar perdido em sofrimento,
Que aguardava o completo falecimento.
Pai, onde estavas naquele momento,
Se não perdido em trevas de tormento?
Dói, como se em carne minha, aquele olhar.
Me confortaria a certeza de um alívio teu.
Qual a ponteiro lento a caminhar
Pelo relógio na parede,
Vou tropeçando aos poucos,
Na minha própria reclusão.
Sinto falta, de amigos e da esperança idiota,
De receber ligações inesperadas às oito da manhã.
Sem pânico, é só mais uma recaída.
Fá Sustenido
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- Published:
- às 01:42 on 29/08/2010
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- Cicatrizes do Forbidden
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