Minha vida é povoada por fantasmas
Que ferem minhas forças como armas
Corroem meu corpo como farpas,
Como espinhos, perfurando minhas falhas
Que serei eu diante dos fantasmas da minha vida
Corpos que reluzem ao brilho do olhar dela...
Feridas que nunca cicatrizaram em mim
E que me ferem sem poupar a ela...
Eu luto contra o que não sei vencer
Como eu posso superar alguém
Que já fez de tudo pra ser odiado?
Não há nem mais forças para correr
Em mim já não há mais ninguém
Exceto aqueles que me tem obsedado!
Aos fantasmas da (nossas) minha vida(s)
Desconexifilia
De que adiantam palavras belas
Se os sentimentos não soam mais conexos?
Afogo minhas lágrimas em um poço
Um poço sem fundo onde cabem todas minhas mágoas
E de que saem só alegrias
Sufoco meus desejos em um fosso
Um fosso imenso onde cabem todos meus medos
E de que saem só seguranças...
Provas.
Para que provas, além do que eu sinto?
Harmonia.
Inútil?
Não sei.
Longe de ti?
Impossivel!
Fútil?
Como, se só nos faz feliz?
Dê-me uma rosa e me deixe achar seus espinhos...
Ela pode ser bela, mas não há beleza sem defeitos...
Você não tem defeitos, exceto:
O de negligenciar os fatos,
o de sempre desconectar pensamentos e atos...
De que servem palavras belas, se no fundo é tudo tão diferente?
De que servem essas velas, se as luzes delas não são mais quentes...
De que serve eu mesmo, se eu não posso nem ao menos ser indiferente!?
Eu não sou nada. E serei assim pra sempre?
Ao que possa ser pior
De frio nos ossos, testa febril,
clama por pele com ardor tão vil.
Se faz semente em terra tão pura,
alma doente a exalar fingida ventura.
Hermes maldito de dolente adivinhações,
caduceu quebrado, protector de ladrões.
Macária que se faça presente neste dia rude
em que a alma frui do passado e me ilude.
Lira desafinada em troca de nada,
adeus gritado por voz cansada
de repetir sempre a mesma palavra
e soletrar ao infinito tantas farpas.
Paralítico no sono, andarilho mais aleijado.
Olhos arrancados, trocados por espelhos.
Vida já tão esgotada, dançada de joelhos.
Arruinado, fútil, ermo Cristo abortado.
dialectos emocionais
.
a minha lágrima é o resto de um novo dia, um pedaço insignificante que faz parte e forma, enquanto deforma uma figura escolhida ao acaso. eu na verdade queria falar de gritos e da dor que me enclausura o corpo, mas alguém me força a chamar-lhe amor, por isso não sei; eu não quero falar de sentimentos profanos, humanos, mundanos; eu não quero é falar de ti.
porque para evitar há que começar por algum lado, e eu começo por parar de te escrever para te pensar mais frequentemente, afinal: há que começar por algum lado.
mas é tarde demais, eu já te escrevi, porque sei lá eu porquê não faço para te esquecer, e porque não quero. é normal dizer que te amo se o sinto e que penso em ti se o faço.
porque ida e volta, nós somos profanos, humanos, mundanos.
cena de filme
PS: I Love You...
Post Post Scriptum: também tenho saudades tuas.
Nós
Viver é dar nós.
Nós nas mágoas da vida,
Nós nas profundas feridas,
Nós nas chagas incisas,
Nós nas fracas saídas,
Nós nas próprias vidas,
Nós nas alegrias esquecidas...
Nós na união de nós dois
Nós nos laços de felicidade
Nós nas palavras de amizade
Nós nas frágeis cordas da alegria
Nós nos raros momentos de harmonia
Compondo uma corda de felicidade com o seu nome.
Nós nas ágeis passadas de fraqueza
Nós com quem quer que seja
Nós que desatam
Nós que matam
Nós sem nós
Nós que nos unem sempre
Nós que me mantém em frente
Nós que assim, sempre de repente
Me mostram que, seja o que houver pela frente,
Você estará comigo, agora e para sempre!
São esses nós entre nós
Que nos mantém unidos
São esse nós entre nós
Que nos mantém amigos!
Viver é dar nós na felicidade, para que a alegria seja uma corda infinita!
E as tristezas, apenas frágeis barbantinhos sem vida!
Essa poesia eu escrevo parar demonstrar o quanto eu me arrependo de por um segundo ter duvidado da nossa amizade. Me arrependo por que pessoas que eu nem conheço, mas que conheçem a minha vida muito mais que eu mesmo, me mostraram como eu desprezo as provas indubitáveis de amor, puro e fraternal, que você me dá a cada dia. Desculpe se eu não te faço feliz como você me faz, eu farei de tudo pra nunca mais te desapontar! Eu te amo!
fotografia
há um abismo.
nós já vimos tudo aquilo que eles tentaram fazer com as fotografias a preto e branco: solestício monocromático dos nossos sonhos. jogar às cartas com o coração no crepúsculo da tarde, seleccionando imagens de que ninguém tem a certeza.. cordas partidas de guitarras sem trastes, das quais os sons foram sempre consequência das elevadas frequências.
coágulos de inverno no verão que se aproxima, hesitante por entre as nuvens acizentadas. hoje vai chover sobre as folhas esverdeadas e o orvalho vai cobrir os campos de relva.
deito-me a pensar e as gotas de água embatem na janela. o meu mundo a preto e branco. quero uma fotografia tua.
Resto = ao =
Um ano se passou e nada aconteceu,
Minha felicidade em segundo plano.
Planos aos quais me acostumei,
Sonhar pelos outros, fazer a felicidade dos outros...
Vivendo eternamente no meu cárcere
De aceitação, nunca olhado nos olhos...
Só visto quando usado pra dar pra prazer...
E eu me pergunto o que é amar?
E porque eu não sou feliz quando amo?
Não há anjos no lugar de onde venho,
Não há nada interessante
E também não há tantos problemas...
Um estranho pisando em terras estranhas.
Nunca entendido, nunca levado a sério...
Um Futuro desmoronado,
Ruínas da guerra de paz.
Não há nada a ser feito, infelizmente...
Na terra de onde ela vem não há anjos.
Na terra de onde ela vem todos são iguais
E todos se orgulham em ser iguais...
Lutam lutas pra morrerem “felizes” no futuro.
A sociedade dos clones já existe há tempos,
Mas ninguém (o) enxerga...
Sal e Açúcar
já não tenho o sorriso excêntrico que ocasionalmente mostrava numa tentativa vã de o tornar verdadeiro. e quando ele o era. hoje restam-me só cristais líquidos com pedaços de memórias.
se ocasionalmente sonho com as estrelas elas estão demasiado distantes para serem alcançadas. gostava de construir o meu mundo sobre um tudo que não existe, no sabor salgado das pontas dos dedos após uma noite de praia ou nos olhos cansados e que tanto já viram; bem como todos aqueles sonhos doces com nuvens de algodão doce que algures por entre a realidade ficaram presos, não mais os soltaram. mas se por acaso hoje eu sonho, eu escolho os sonhos com cuidado para que o abismo entre o abraço que já não sinto das tuas palavras que as mornas manhãs não seja tão grande que desmanche o sorriso em gotas de água salgada.
lágrima
as palavras pecaram-me.
comeram de mim enquanto gritavam pelo ar "eu não te quero, eu digo que não te quero e de noite, de noite sonho contigo" [lágrima] ragando-me.
arranham-se as costas no momento em que gemidos de prazer enfeitam o ar em silêncio, demasiado púdico. duas línguas numa boca sem dentes leitosos a escorrer pelos corpos prazerosos e exaltados no abraço lânguido e necrótico. comem-me o corpo e consomem-me o espírito porque não têm um. violam-me ao todo ao sabor da minha vontade que urge pelo grito entreaberto das prostitutas que rastejam no chão da cidade em volta da rotunda decadente; bem como as gotas de água que se entranham nas diácleses das casas de pedra branca.
purgo-te da minha mente com tudo o que me sobeja e mantenho-te dentro da minha cabeça, à medida que corro pelos becos fechados da calçada gasta e cantam em algum bar.
"eu não te quero, eu digo que não te quero e de noite, de noite sonho contigo"
Tributo Desolado
O Amor é fogo que arde e faz doer;
É ferida que dói e se sente;
É um destruído Descontente ;
É dor que viver faz sofrer;
É um não querer, mas ter que viver;
É solitário andar entre gentes;
É Nunca Contentar-se de descontente;
É cuidar o que se ganha e só perder;
É estar preso sem vontade;
É servir a dor que vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos tempestade,
Se tão contrário a si é mesmo o Amor?
Essa é a minha versão do grande poema de Camões "Amor é fogo que arde sem se ver". E aqui em seguida o Original!
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
a profundidade às 21:36
a poesia está morta.
e o chão que eu piso tem os teus passos desenhados e as paredes reentrâncias das tuas mãos. a minha pele tem as tuas impressões digitais e os meus olhos memórias dos teus. as minhas palavras têm-te presente e o meu respirar
o compasso lento da paixão, as noites mal dormidas, a comida que não passa da boca, as veias demasiado gastas, as lágrimas tão constantes e o coração enfermo. e nesse coração
existes tu e existem paisagens. existes tu e existem pessoas. existes tu e existem sonhos. existes tu e existo
eu que não passo de um cadáver deambulante, rogando por misericórdia a um deus que não existe. eu que te tenho tatuada em mim dos pés há cabeça, e não há nenhuma borracha, nenhum diluente, nenhuma acetona, nenhuma fórmula ou composto químico que te apague de mim, porque agora eu sei
que tu sabes que a pele não vive sem o coração e nesse
coração, existimos nós.
“Vida Bela”
Chorei! Como nunca antes havia chorado.
As lágrimas banharam mais um poema
Nesse caderno destroçado,
De memórias perdidas e amores retomados...
A sofrida dor do existir, prega na minha carne
Grandes cicatrizes podres com sujeira do meu sangue...
Eu rezo para que elas se curem,
Mas sempre são abertas a facadas.
Que um coração pela metade destroem...
A aurora se mostra pela janela,
Não soa mais como música para meus ouvidos.
Soa como sofrimento dessa tal “vida bela”...
Sacrifico minha razão em nome do amor!
Cego meus olhos em nome da confiança!
E entrego minha alma ao som dos sinos...
Mas insisto em viver nessa espera,
A espera longa da solidão...
Querendo encontrar amores, paixão!
Mas nunca acho, pois todas as luzes,
Todas elas se apagaram
E meu ensolarado dia, virou uma eterna noite...
Sem estrelas e com a chuva de lágrimas do dragão...
Campos Elísios em chamas
Há dias que as palavras pesam
e os versos se tornam cansativos.
Dias em que as linhas queimam
o que o coração tenta digerir.
Até a poesia adoece, caro Poe,
e o que foi beleza amorfa,
transforma-se em Mantícora,
devorando a mente enferma.
E eu, reles e fraco bobo da corte,
faço-me poeta por alguns minutos
só para tentar explicar em palavras
a dor atroz que induz ao silêncio.
Em erro personificam-se meus dias.
Em nostalgia o tempo voa.
E se de mitos a deixar gloriosas histórias não citei nomes,
é que este Teseu não deixou rastro para sair do Labirinto.
My Dying Bride - The Wreckage of My Flesh (Tradução)
The Wreckage of my Flesh
(Os Destroços da minha Carne)
Transformei-me Repugnante
Uma criatura tão invalida
Desgraçado e falido
Sem descobrir minha crença
Escolhi qualquer Deus
Nenhuma palavra é nova
Nenhuma palavra é verdade
Voa distante minha esperança
O querido abraço da ilusão me controla
Me consume à distância.
Soltar os cães da desgraça sobre mim
Eu não tenho fé.
Aumentando a necessidade de banir eu tento convir
Eu estou arruinado.
Tranquilidade está no ar.
Silencio no oceano.
No vale da morte guardas me chamam
Repouso meus olhos por causa do mundo
Este lugar morrendo, é tão absurdo
Oh, Cristo do Céu, do qual eu amo
Perdido para mim.
Meu puro pombo da neve
Faça esse dia semelhante à noite
Canção das trevas. Palavras de luz
Derrubando meu coração
Eu não me acostumei a perder meus amados corações
Com completa má vontade e desprezo
Eu de alguma forma nasci
Derramado em negra decadência
De modo algum me sujeitei as primeras pessoas
Os destroços da minha carne
A evidência da minha morte.
Decidi começar a colocar poesias e músicas que admiro aqui. Considero essa música uma das melhores do My Dying Bride, tanto letra quanto som. Pra mim é a representação perfeita do que é o ódio e a falta de esperanças. Não achei clipe dela então deixo só a letra!
a construção do vazio
há um corpo. e esse corpo está vazio, consumido nas entranhas do teu ser...
há uma voz. que se cala na esperança de ouvir a tua dizendo aquilo que omites...
há uma vela. e nessa vela um pavio que arde, queimando os meus sonhos mas ínfames...
há um quarto. quarto esse com odores bafios e rosas secas que tu pisaste...
há um copo. meio vazio e meio cheio com restos de lágrimas contidas nos olhos...
há um céu. esquecido e que ninguém vê, pois está coberto pelo tecto branco...
há segredos. segredos traídos que rasgam as entranhas da existência e me arranham por dentro...
há uma saudade. das palavras trauteantes e felizes que soltavas à minha volta...
há um amor. amor esse que me consome as entranhas e se cala com medo, ardendo por ti num coração pisado pelo tempo. amor esse que me faz chorar e esquecer-me de mim pois nunca sou visto. amor esse que vem com a saudade e com os tormentos, entrelaçado nos teus cabelos... ...e no vento.
Dores na Mente
Invenções inversas
entidades dispersas
a mente mente
imersa na corrente
inventada
em frente
de costas
fechados em si
abertos para mim
mentido
mentindo
a mente
mente
o amor ama
a mente mente.
inflama
mas mente
a mente mente
"mente"
só "mente"
intesamente
infinitamente
dolorosamente.
a mente mente.
vazios.
quebrados.
nadas constantes
números, múltiplos
dados irrelevantes
palavras e semblantes
a mente mente
de pés descalços
de cabeça cheia
imerso num vazio
um vazio profundo
um destruir de pensamentos.
a mente mente
e não inventa
mente aumentando
mente destruída
mente na surdina da noite
mente na escuridão dos desejos
mente por cima dos lampejos
de lucidez.
a mente é escura
e mente.
mas cura, de repente.
Poesia escrita em 3/11/2007
Nós e nossos nós - Atados
O que seria de mim sem seu sorrisso
Sem sua face a me fitar os olhos docemente...
O que seria de mim sem seu carinho
A me acalmar tão de repente...
O que seria de mim sem seu jeito agitado
Que se acalma em palavras de ânimo
O que seria de mim sem sentir cíumes
Um amor vazio, no seu âmago?
Nós somos um só, e seremos
Não nos deixe só, enfretemos
Encalacremos nossos desejos entre nós
Para que ele se fortaleça
Deixemos atados nossos nós
Pra que eles se endureçam
Retiremos as mágoas de nós
Para que eles desapareçam
Deixemos a vida nos levar após...
Após que se escureça
O que são eles perto de nós?
Nada além de nós que se atam ainda mais
Entre você e eu
A cada palavra deles e um gesto seu, ficamos mais fortes
Minhas rimas já são poucas para descrever coisas que eu nem mesmo sinto
Meu amor por você só se descreve em seu sorrisso...
03:45
É tua sombra que persegue a selvageria de minha natureza,
a lâmina afiada que dilacera meu fígado por todo este tempo,
fecho os olhos e escuto a flauta e trombeta contando meus dias
que se passam vagos, entre passos não contados.
que mesmo com cães negros, ainda assim morreria pelo grito
da raiz cuja semente é o antes quente gozo do cadáver, que pelo
sentimento jaz balançando ao vento que frio ainda uiva tormentos.
E se encanta a criança brincando com tamanha e cega dedicação ao inútil.
É assim o homem, caminhando com cruzes nas mãos e tentáculos em volta do pescoço.
A observar o andar de quem dispara espinhos venenosos e faz tremer diante dos dentes,
vejo quais realidades oníricas vivi e quem devorou o que se perdeu com temores e amores pueris.
Livros de Histórias Abertas (Parte: 1)
Sonhos se vão com a praga da insônia...
A criatura na banheira me chama,
Quer fazer amor comigo, mas está morta!
Sinto o cheiro podre da sua carne!
Quisera eu ter aceitado o convite do palhaço.
Que debaixo da ponte me mostrava seus olhos prata,
Me convidando para flutuar com o resto das coisas...
No castelo do Conde eu me sentia sozinho,
Um lugar distante de tudo, morto
Como as criaturas que habitavam seus cômodos!
Traziam sangue em suas roupas,
Refeição diária de humanidade!
Eu me via no espelho, ficando velho
Como o retrato de Dorian.
Continuava vivo, mas não belo
E sim decrépito e morrendo...
As mãos do Coronel Aureliano me salvaram daquilo
Me chamando para a guerra.
Lutando pela liberdade que nunca existiu!
32 guerras perdidas, lembradas eternamente por cem anos...
Cem anos solitários, vivendo uma vida de número 42.
Eu me sento no restaurante espero o espetáculo do fim,
Agradeço a deus pelos peixes e peço desculpas pelo inconveniente.
E a última borboleta da minha coleção morre...
Essa é uma série de poemas onde eu uso livros que eu li e que me marcaram bastante. Quero ver quem vai descobrir todos os que estão nesse poema! \o\
Noite
ensinaste-me a canção das mágoas que embalou o meu sonho. hoje sou somente o teu rapaz escondido no bolso do teu casaco que chora as lágrimas com que escreves um livro.
não preciso de roupa - os dogmas estendem-se para serem vistos. hoje o ar extinguiu-se, gritarei não precisar dele para respirar.
volta que eu volto, de novo com as palavras. até lá deixarei a caneta adormecer e não voltarei a macular nenhuma folha. volta que eu volto, a correr pela calçada lisboeta gasta numa noite em que se cante fado em todos os restaurantes da Baixa, com o meu cigarro por entre os dedos, enquanto se ouvem tilintar as garrafas de vinho tinto na rua.
choro com as mãos e sorrio com as veias porque o sangue me pulsa nas artérias. o amor é tão profano. ainda me faltam as palavras para te definir.
Amo-te!
A felicidade nada mais é que a ausência de desejos...
Eu lhe desejei, já lhe tendo
Eu só não tinha a mim mesmo, mas agora encontrei
Você é o que acaba com todos os meus medos!
Não me pergunte como eu descobri
Eu não saberia responder sem dizer que te amo!
Mesmo sem saber explicar, eu exclamo!
E sei que só posso ser feliz com você aqui!
Não sei o que seriamos separados...
Só sei que juntos poderemos ser tudo!
Não sei o que me deixa tão anestesiado,
Mas sei que amo-te muito!
S.S.P
......Sereno anoitecer ingênuo...
......Suave Herança Esquecida...
......Sincronismo Noturno sepulcral...
......Sussurros Mortos Amedrontadores...
......Segredos Sedutores Retornam...
......Santos Contos Retomados...
......Sangrado Impiedosamente Sempre...
......Seria Tolice Sonhar...
......Sintomas Nojentos Revividos...
......Síndrome Infantil Chorosa...
......Sepultado Sozinho Perdido...
......Sozinho Perdido...
.(E)Squecido
Tempo
O tempo bate os pêndulos
O tempo corta os ventos
O tempo destrói momentos
O tempo instiga tormentos...
O tempo que me alimenta
É um prazeroso caminhar de ponteiros
Enquanto ele me tormenta
É um anestésico de tempo inteiro...
O tempo não se altera
O tempo não bate à porta
O tempo não exige respostas
O tempo não espera...
O tempo corre
Minhas veias escorrem
Meu corpo se encolhe
O tempo é enorme
O tempo é ágil
O tempo é incerto...
O tempo é frágil
Como as asas de um inseto...
Você faz parte do tempo
Você é uma habitante do momento
Você desgasta meus pensamentos
Você está além de meus sofrimentos
Eu nunca sofri por você.
Sofri pelo tempo, que me engana.
Diagnósticos Urbanos, Pt. 1: Loucura
Andando pela cidade em um dia de sol glacial, vagabundeando entre uma aula inútil e outra menos interessante ainda, deparei-me com diversos tipos de "loucos". São aqueles tipos de pessoas que falam sozinhas no ambiente urbano, divertem-se a sós enquanto o resto do mundo lamenta seus próprios problemas
Tipo 1 – Os Crentes Fanáticos
Famigerados?
Mais que isso, nem os crentes próprios os agüentam. Perguntam coisas como “Você acredita em Deus?”, “Você Lê a Bíblia?”, “Você já foi a Igreja?” ou o clássico, “Oi, posso tomar um segundo de seu tempo?”. No fim das contas eles acabam por entrar na categoria de “loucos” por terem de gritar para serem ouvidos, já que a pura chateação corpo-a-corpo não basta.
Mas, vamos tentar entender a visão de mundo desses indivíduos. Será que as perguntas capciosas e diretas que eles fazem não são apenas questões mal resolvidas dentro deles mesmos? Quantas vezes nós também não fazemos coisas parecidas, instigamos os outros a responder dúvidas que nós mesmos cultivamos... Talvez isso seja até terapêutico, mas como vemos estampado nas faces de dúvida das suas próprias convicções, os crentes fanáticos não usam um bom método para serem felizes.
Tipo 2 – Os Bêbados
Bêbados é aquela raça que vive como nômades de bar em bar, procurando fugir da rotina diária numa rotina quase horária de beber o mesmo copo com o mesmo conteúdo, no mesmo lugar, e com os mesmos bêbados envolta. É aquele tipo que parece nunca estar sóbrio, embora em alguns momentos de bebedeira consiga até conversar algo inteligente. Aliás, bêbados são inteligentes ao extremo. Lembro-me de um que eu ajudei uma vez, que não sabia onde estava. Na verdade ele estava a
No fim das contas, entendi que os bêbados simplesmente não se ouvem.
Tipo 3 – Malucos
Malucos clássicos são os que dançam, gritam, pulam ou discursam sozinhos e nos primeiros caos, sem música alguma. Normalmente tem cabelo cumprido, vestem trapos e costumam ser ignóbeis a qualquer ação externa. Embora todos passem longe deles, os que passam perto não são nem mesmo olhados. Na cabeça dele, ele está sozinho.
Lembro-me de um caso famoso aqui na cidade, o célebre “Away de Petrópolis”. Hoje famoso por suas aparições da MTV (Mantendo Teenagers Viadinhos), ele era um exemplo típico dessa classe de loucos, que povoou minha infância. Vê-lo dançando sozinho e com demasiada habilidade, fez-me sempre pensar “poxa, por que ele não é chamado pra dançar em algum lugar mesmo”. O motivo era simples, ele era um maluco. E Malucos são excluídos por natureza. Até que o chamaram para a TV, ou seja lá o que aquela merda for, e ele se deu bem, até por manter o estereotipo de maluco.
O que se conclui de lógica, é que ele não somente dançava bem, como tinha potencial a atuar, decorar textos, ser engraçado e todas essas coisas. Mas é um maluco que você não deixaria perto de seus filhos.
Tipo 4 – Leitores de Jornal
Esse é um dos mais interessantes. São aqueles mais “underground”, que não só lêem o jornal no meio da rua, normalmente no meio de onde passa carros (redundância importante), mas também comentam cada noticia diversas vezes e em berros.O interessante é que tudo faz sentido, cada idéia mais interessante que outra. Ainda não vi um professor de faculdade ser mais sensato que um louco na rua falando sobre a China, com o seguinte argumento “Esses chineses são todos iguais mesmo, eu tenho nojo de americanos, e brasileiro não é corrupto, só não é trouxa”. Reparem na concordância, não fui eu quem coloquei, ele mesmo em seu estado “alterado” tinha um belíssimo português.
Conclusão:
Loucos são muito mais inteligentes que a população. Clichê? Talvez, mas é um fato. E o que me estressa é que por serem tão superiores ninguém os ouve. Atitude inteligente não?
Talvez os loucos estejam certos. Eles fazem o que querem, aonde quiserem, e são felizes. Não têm medo de fazer nada, seja o que for. Loucos amam, e não tem vergonha.
Por que há coisas que não basta ser racional, é preciso ser um tanto louco... E é essa loucura que as vezes me falta.
Uma questão de tempo
Eles costumavam dizer que era só uma questão de tempo, mesmo quando ainda me ouvem chorar à noite, eles dizem-no.
A comida já não tem o sabor que tinha, ou que pelo menos devia ter, tal como já não sinto o perfume das manhãs de primavera que dançam no ar. Se todas as folhas que dantes se amontoavam no chão, cada uma falava dela, hoje as folhas são brancas: quem sabe as outras não o foram sempre, também? A única diferença é que dantes nós (eu) podia falar e falar, escrever as letras que quisesse, sabia que teria sempre para onde voltar: hoje não tenho.
Os maços de tabaco já não chegam, e beber só serve para me lembrar, mais. Estou tão cansado, mas antes de adormecer acabo sempre por permanecer horas acordado a pensar: oh, eu estou tão cansado. Hoje ainda sei: tens-me na palma da tua mão. Fechas os dedos sufocando-me a abre-los para que eu possa respirar sempre que te aptece, mas respirar já não me mantém vivo: eu nunca quis acreditar, ainda hoje não acredito.
O Sol guiado por Ápolo consome calidamente o céu, e só por isso é que eu digo que as manhas vão e vêm. Quando o caminho inverso é feito eu fico perdido num canto qualquer a ver a luz ser consumida, tal como o meu interior: esquecida por mim. Alguém me cortou as asas, e eu nunca soube como voar: imagina agora. Deixaram o meu corpo cair num rio de vidros e cristais partidos que me cortam a fina camada de pele e tingem o transparente de escarlate.
Eles sabem que eu estou lá, aborígene, profanando cadáveres e rompendo promessas: ainda hoje te procuro, mas eu estou perdido, e fraco...oh, tão fraco. Eu não tenho a certeza se quero continuar. Doi-me o corpo e já não sinto a alma: pergunto-me se ainda a tenho, e quando o faço a sanidade é absorvida pela dor; talvez seja melhor eu esquecer. Com as damas heréticas compassadas em óperas que eu nunca escrevi: pecaram-me, mas de mim escondem o júbilo que encontram na minha dor.
Eles disseram que era só uma questão de tempo, até que me violaram o corpo, calaram os sentidos e te tiraram de mim. Foi só uma questão me tempo, até eu morrer.
11/05/2008
Ruben (Magykeiser)
Dores Repartidas
Dê-me uma faca e abra meu peito
Mas não me deixe olha-la perto dele...
Nada pode ser mais doloroso que seu respeito
Muito maior a mim do que a ele!
Meu grito ressoa nas paredes
Meu sangue seca com suas palavras
Seu amor morto me mata
É um coração partido que me destes
De alguma forma me deste meus únicos motivos pra sorrir...
Mas os tiraste de mim logo em seguida...
Como não vês?
Que podemos viver juntos como eu sempre quis?
Como não vês?
Que só comigo você será feliz?
Seu sorriso sarcástico, destruidor
Servindo de tema para os poetas desalmados
São pregos e espinhos venenosos
Que fazem com cada verso cair uma lágrima
Sangrentas estrelas desumanas
Seus olhos, esfacelados em lágrimas...
Sua mente destroçada em cacos
Eu fiz de tudo para que você se tornasse o que é
Eu criei manualmente a deusa dos meus sonhos...
mal sabia eu que morreria afogado chorando por ela...
Os anjos se revoltam com sua indiferença
Te amar destruiu minhas pernas
Agora não há força que me faça andar
Minhas mãos tremem, eu sempre sinto medo
Sua ausência me faz definhar
Sob a luz do poente eu me coloco a pensar...
Como se eu pudesse pensar em outra coisa além de ti...
Na sombras da tua mente eu fico a lamentar
O que eu me tornei por querer ser feliz!
São Eles os que me abraçam, amores perdidos
Os Poetas Desalmados, cantam dor em martírio
Não passa de vida não vivida
São só lágrimas eternas
Choradas a cada poesia dividida...
PS: poesia escrita por Forbidden e AlxSeth em conjunto.
O canto do encantado coração esfacelado
Eu canto, para que nos façam eternos!
Eu canto pra que você seja minha rainha, ao menos, nessa dança...
Eu canto para que sejamos modernos...
Eu canto pra que deixemos para trás nossas lembranças!
Eu enxergo através - você é muito mais que minha
Eu lhe enxergo sem o véu que a encobria
Eu enxergo sem a sombra que nos aninha,
Eu enxergo muito além do que eu queria!
Minhas certezas me matam...
Mas sem você, o que eu seria?
PS: Eu sei que o poema está sem métrica, está feio, está pequeno, o título está grande demais, etc, etc, etc... Mas se minha mente não é nada poética, por que haveria do que eu faço ser?
Dúvidas e Certezas
Deonde viestes?
Por que daste tanta alegria?
Por que me fazes ser muito mais do que eu era?
Por que sem você eu não teria sido nada?
Por que agora eu sinto essa vontade tão grande de te ver?
O que és?
O que és de tão mágico que me faz te amar tanto?
O que és de tão incrivel que te faz ser única?
O que tens de tão especial que me faz te querer dessa forma?
O que me faz achar que só eu te amo dessa forma?
O que fiz?
O que fiz para que você me amasse?
O que fiz para que você existisse?
O que fiz para que isso acontecesse?
O que fiz para que eu te amasse?
O que será...?
O que será de nós?
O que será de mim, se sem ti?
O que serás de tu, se sem mim?
O que será de todo o resto, sem nós?
Vieste do meus desejos!
Me alegras por ser a personificação de meus sonhos!
Me fazes crescer por ser perfeita!
Me fazes precisar de ti por que és minha vida!
Me fazes querer te ver por ser linda!
És meus sonhos!
Te amo por que és perfeita!
És única por ser sábia!
Te quero por ser minha em meus sonhos!
Eu escondo isso, pois te amo!
Eu desejei amar!
Eu desejei que alguém me amasse!
Eu desejei que alguém perfeito existisse!
Eu não percebi ser você a minha vida...
E só tarde percebi que te amava...
Seremos a vida!
Seremos um só!
Eu poderia ser vazio...
E você poderia ser oca,
Mas sem nós, não haveria mais nada!
Você é o veneno e a cura...
Sinto-me reconfortado.
Minha vida mudou drásticamente. Evolui até um patamar nunca antes alcançado, nem imaginado. Todos os meus desejos se realizaram, a morte não me é mais um obstáculo, sim um caminho, a arte não é mais algo a adorar, e sim algo a ser realizado. Você existe, basta.
Basta?
Da ausência de desejos, surgem meus sonhos mais ardorosos... A vontade de te ver é o maior deles... Não sei mais exatamente o que eu sinto, apenas presinto, ou minto pra mim mesmo...
Só sei que eu quero estar com você nesse momento...
O que será de nós quando tudo isso acabar? O que será de nós quando finalmente nos completarmos? Ficaremos então, juntos, ou nos separaremos para sempre?
Eu não acredito nisso... Ou não quero acreditar...
Eu também não quero me tornar um impecílio, então mais uma vez eu sufoco a mim mesmo para ve-la mais feliz... Se você um dia achar sua felicidade na minha, eu então poderei ser finalmente...
Mas por enquanto sua felicidade reside na minha angústia... E eu prefiro assim...
Prefiro ver-te sorrindo pra mim como se eu fosse eternamente observar a sua vida de perto, imóvel e inconsciente... Prefiro criar problemas mundanos para que você se sinta bem em poder me ajudar... Prefiro fingir que estou bem... a me unir ao imenso grupo dos que te amam...
Se sou diferente, nem eu mesmo sei...
A minha única certeza é não ter certezas... Ou não admiti-las...
Suícidio Dionísiaco
Dissipa a nuvem que em mim se fez calma,
pois o presente de Prometeu já não me é útil.
Solta pela última vez esses desgostos no ar
e caminha sem a companhia deste enfermo Atlas!
Então se esvai, sombra de alma má sanada
e guarda um lugar nesta barca mortuária
para quem os prazeres enforcou com abusos,
vindos de quando não conseguia ver Hélio.
Serpente a devorar a própria cauda,
era eu a seguir Dionísio
nessa dança sobre cacos de vidro,
me era prazeroso o nocivo.
Olhos de Morte
Mostrando uma luz no fim.
O fim do túnel que nunca chega,
Não há mais nada para ser feito.
Seu sangue mancha as paredes,
Seus olhos vislumbram o fim
E eu me recolho ao chão
Chorando como criança.
Uma estrela cai e a luz foi feita,
Não vivo diante da sua mão.
Sou o carrasco,
O mascarado que enche de pregos seus olhos!
E eu sorrio diante da morte,
Ouvindo seus gritos ressoarem nas paredes
E no fim, seus olhos me enxergam,
E meu coração bate mais forte.
Eu deito e choro, mais uma vez,
Antes de pregar-lhe a boca!
Suas palavras mataram minha mente!
Seu corpo destruiu minha essência!
Não sei o que é vingança...
Não sei o que é poder...
Mas me sinto livre nessa noite
E vou sozinho para o fundo das palavras...
Escutar os anjos sussurrarem seu nome
E eu me deito todas as noites.
Seus olhos me vigiando
E eu morro sozinho em prantos...
Je n'étais
Eu queria não ser, pelo que se não fosse
Não teria de te desejar.
E pelo que não me apresentaria com as mesmas vestes
E profusões rasgadas com resquícios de sonhos.
Não seria, simplesmente
E por não ser não te amaria.
Evitaria a dor no seu estado mais espectral:
Sepulcral que me leva ao túmulo,
Quão dista te fazes sentir.
A paixão não seria austera
E não me corroeria as veias,
Alastrando-se pelos músculos
Que adquiriram a fraqueza da pele.
Não teria tantas chagas que nunca beijaste
Nas quais repousa a tua espera.
Não existiria por não ser
E nunca te teria tocado, platonicamente,
E pelo efectivo, nos teus braços:
Não seria mais que um eufemismo.
Ainda assim, eu criar-me-ia,
Pelo que mesmo distante eu te desejo.
06/05/2008
Ruben (Magykeiser)
Mr. Hyde Falling Down
Aquiles corre rumo a vitória
das batalhas que o cobrem de glória
À todos é indispensável um mártir
que torne a insegurança mais amena
Mas seus túmulos também escondem seus restos
e suas vitórias não me trazem Helena
Heróis desfrutam de todo o prazer exacerbado,
vaidoso, que lhes é oferecido.
E eu, titã condenado, tolo, vítima, enganado
carrego o peso do mundo comigo.
Como Jekyll fiz queimar-me o coração
para destruir o perfeito erro da criação
e assim não mais ver velado no espelho
o fraco, desesperado e cego cordeiro
á alimentar monstruosos pastores
que nem sequer poupam suas dores.
Meu sono é um mergulho amoral na liberdade.
Caminho pelo oposto da tua convicção.
Caminho como Caim com Hyde no coração
Com Caronte navego entre os que são heróis de verdade.
Consome (te) & (me). Consome (nos).
Hoje não resta nada aqui.
Se o lúgubre se tornou lúdico,
E do átomo se fez a explosão:
Cria-me da esfera ao cúbico
Nas partículas insondáveis do coração.
E quando chorar, que não me derrame
Possua, agarre, no corpo inóspito.
Que me absorva, consuma: aranhe
O meu nada que sobeja atónito.
A moral tornar-se-á ilícita:
Efêmera a vida que se mantém
E que me matas, sinfónica e explícita:
A dita promessa de outrém.
Manter-me-ei sobre ti, inexacto,
Pelo que me tens tão imóvel
E satírico na corda sem tacto,
Morde-me, que o insolúvel a dor não dissolve.
O meu amor prantado a ti oblativo
Por demais inevitável que monândrico.
Inquebrável, e às magoas: depurativo,
Que ilustre mais que o infiel Inferno dântico .
Que hoje já não resta aqui nada.
05/05/2008
Ruben (Magykeiser)
Réquiem Para um Choro Incontido (Luz, parte: 1)
Dê-me um beijo
Eu preciso sentir o verdadeiro gosto
De seus lábios.
E serei eu sempre humano
Por amar-te de tal forma
Que meus pensamentos se perdem...
E serei eu sempre humano
Por sofrer nas horas que não lhe escuto.
Eu quero sua voz...
...eterna em minha mente.
Cante pra mim esta canção!
Deixe que meu sangue se esvaia
Não se preocupe... Eu te amo!
E quanto mais eu me aproximo
De seu almejado coração.
Mais eu me distancio da humanidade.
Eu me sinto tão puro...
Este amor está sufocando...
Eu estou chorando toda minha felicidade
Este amor está sufocando...
Traga mais lágrimas para mim.
E em um solo de piano,
Em um poema erudito
Minhas lágrimas caem
Prateadas pela luz da Lua.
Um réquiem para um choro incontido,
Uma sinfonia de esperança.
Eu busco o horizonte
Na expectativa de vê-la me esperando.
Um réquiem para um choro incontido,
Uma sinfonia dê puro amor.
Eu pergunto a Lua sobre o futuro
Ela me sorri feliz.
Neste Réquiem de puro sentimento
Mando-lhe meus sonhos, sonhe-os!
Neste réquiem de puro sentimento
Mando-lhe um poeta
Eu sou seu...
Libera-me
Um paradoxo momentâneo
De felicididade, êxtase, numa lágrima errónea.
Vida de prazeres reais,
Súbdita crueldade, por mim e por ti
Nas mãos calejadas de indiferenças
De suspiros nocturnos, noctívagos, distantes.
Um tudo por um nada, um nós.
Uma conjunção, uma primeira pessoa plural.
Translúcido na noite olvida. A vida.
Saltos de gigantes memoráveis
Com palavras de sonhos primordiais;
O esquecimento.
A espera dilacerada
Da saudade que vem exorbitante.
Um grito adormecido nas ruas diamantinas
De um coração fatigado de amor.
E pelo momento parcialmente cismático,
A criação superou o criador.
10/02/2008
Ruben (Magykeiser)
Extrinsecus, abstrusus...
Nas ondas, dói o nada, eu afogo-me,
Estou eu, olhar-te entre chamas, do teu mar...
Ou tomo o caos...
Essa deve ser uma das menores poesias que eu escrevo, e acreditem, ela faz sentido, se você a ler do jeito certo... Agora finalmente eu revelo o segredo por detrás dela! NANA EU TE AMO!
Um mergulho em Aqueronte
Idealizei o erro perpetuado pelo preço alto de tua devoradora indecisão
Excita ainda caminhar em teus espinhos e arranhar-me por tua paixão
Desgosto cospe em mim minhas próprias fraquezas
e a solidão é sinal que Hades se encantou da tua beleza
Regurgitar o que se sente é tão infiel ao presente
que vivemos de fingir uma preocupação
que se dissipa exatamente ao soltar-mos as mãos
E insistir é só fraqueza de quem quer ser decente
Mas querida, nosso ópio se esvai ao piscar de olhos da injúria
Então mantenha sóbria essa marca de Eros bêbado em fúria
Deita e dorme, pois de mim hoje só verás indiferença
sem o vento para soprar e dissipar a nevóa densa
Que nestes esgotos que meu coração habita
ainda vejo ratos a lamber-me as feridas
Então tu, Métis infame, nega-me em Letes
e deixa-me sem barca atravessar Aqueronte
Doce... Fim... Noite...
Sobre heróis e reis.
Poderia cantar eternamente
A canção dos deuses,
Mas nada disso me satisfaz
Eu quero cantar meu amor
Enquanto a lua estiver no céu!
Cantar a você
O que eu sinto! Escrever-te
Belas palavras em ternos versos!
Admirar-te sempre enquanto dorme!
Ter-te em meus braços,
Apertada contra meu corpo!
Durante todas as noites!
Durante todos os dias!
Durante minha existência!
Você é o que da força as minhas pernas!
Você é meu sangue!
Você é meu guia!
Você é meu sonho!
Todas as palavras ditas
São poucas para te elogiar!
Você é meu anjo!
Cabelos vermelhos,
Olhos sinceros.
É mais que perfeita!
É minha inspiração!
Você é um sonho!
É uma ilusão!
E enquanto eu sonho,
Enquanto eu me iludo.
Eu vivo feliz – satisfeito!
Você é a luz que quebrou a escuridão!
É uma doce... Ilusão de um fim de noite...
Anima-me
[Eu] Me sinto mal... Eu sofro...
[Razão] De que sofres?
[Esperança] Por que sofres?
[Eu] Respondam-me vocês, eu só sei que sofro...
[Sinceridade] Sofres de amor.
[Razão] Amor?
[Sinceridade] Sim, amor.
[Esperança] Amor? O Amor não foi feito para ser sofrido!
[Eu] Eu não sofro de amor!
[Razão] Sim, sofres de medo!
[Eu] Medo?
[Razão] Sofres com medo de perde-la
[Esperança] Você não irá perde-la!
[Sinceridade] Sofres de medo de ama-la.
[Eu] Eu sofro por ela...
[Razão] Pode ser, mas não por amor!
[Sinceridade] Sofres por amor sim!
[Eu] Eu sofro por amor, mas fraternal!
[Sinceridade] Mentira. E por isso sofres.
[Esperança] Mas então o que temes?
[Eu] Eu temo ficar longe dela...
[Razão] Se você temer, ficará! Não temas!
[Eu] Temer o que?
[Razão] Temer perde-la por esses motivos fúteis, o fará se afastar realmente dela! Lembre-se que ela naturalmente já ficará longe de você, esteja perto dela!
[Esperança] Ela não vai se afastar! Ela te ama!
[Razão] Ama, mas o amor dela entra em conflito com seus desejos próprios. O dia em que os desejos dela e os seus entram em conflito chegou!
[Eu] Não... Estão me fazendo sofrer mais...
[Esperança] Não sofra! Ela te amará eternamente, seu amor é diferente!
[Sinceridade] Não é não. Ele sofre por que a ama mais do que ela pode suportar.
[Eu] Eu só a amo como amiga!
[Sinceridade] é mentira! seu amor por ela existe!
[Eu] Existe, mas é só amizade!
[Sinceridade] Se é, então por que sofres tanto em ve=las em outros braços?
[Eu] Por que eu temo ficar longe dela!
[Esperanças] Mas ela já disse que não ficarás!
[Eu] Mas eu temo por coisas inevitáveis...
[Sinceridade] Então! Se não tens o que temer na amizade, temes no amor!
[Eu] Não! Eu não posso!
[Sinceridade] Mas temes! Não só temes como se ilude escondendo o seu amor por ela! Liberte-se! Ao menos sofra sabendo o por quê!
[Eu] Eu não posso!
[Razão] Nunca poderia! Ela é sua amiga e confia em você, você não pode sair de perto dela, nem desampara-la! Seu amor não o deixaria pensar!
[Esperança] Quem disse? Ele pode ama-la e continuar a amando além da carne!
[Razão] Impossível. Ou se ama a pele ou a alma.
[Esperança] Você sabe que é mentira, levante-se! Não ouça o que a razão lhe diz, ela só o fará sofrer!
[Eu] Está doendo!
[Sinceridade] Admita que a ama e alivie a dor!
[Eu] Eu não a amo!
[Sinceridade] Mentido pra si mesmo você não conseguirá viver perto dela!
[Razão] A amando, muito menos!
[Esperança] Não! Se ele a amar de verdade, ela vai aceitar!
[Razão] É claro que não vai! Eles são amigos!
[Sinceridade] É melhor aceitar do que sofrer as escondidas! Deixe que ela decida!
[Razão] Mas ela vai lhe odiar!
[Esperança] Nunca! Ela o ama também!
[Razão] Como amigo! Ela já disse!
[Esperança] Não! Ela disse que o ama como amigo, por que acha que não daria certo juntos!
[Razão] E ela está certa!
[Esperança] Ela tem medo! Ela teme também!
[Sinceridade] Ela teme perde-lo, assim como você teme agora. E ela sofre igualmente.
[Eu] Eu me sinto muito mal...
[Razão] Você sofre por que a ama demais como amiga, e te-me que o amor dela por outros seja maior.
[Esperança] O que é falso! O amor dela por você é muito grande!
[Sinceridade] Mas você queria que fosse ainda maior.
[Razão] Sim, mas que ele crescesse em detrimento do amor dela pelos outros! Isso é um erro!
[Sinceridade] Isso é mais uma prova que ele a ama além do que ela poderia suportar.
[Esperança] Ela só acha que ama os outros, ela só ama a você! Mas vocês dois fingem não se importar com isso!
[Eu] Eu estou confuso... e dói....
[Razão] E o que aconteceria se você admitisse? Falaria pra ela e acabaria com a vida dela? A deixaria confusa e sofrendo também? Acabaria com os desejos dela, e se afastaria definitivamente? É melhor sufocar isso antes que cresça!
[Sinceridade] É tarde demais.
[Esperança] Parem com isso! Ela já o amor um dia, só transformou isso em amizade! Por uma decisão temerosa de ambos! Mas foi um erro! O amor dela ainda existe em algum lugar...
[Razão] E o que isso importa? Ela amou, mas não ama mais! Ela agora ama outra pessoa!
[Eu] Parem... estão me matando...
[Sinceridade] É inevitável. Você ama-la é inevitável. Você não admite por que ele é mais puro do que você já sentiu antes. Ele não vai se apagar, mesmo que você queira.
[Esperança] Nem o dela por você! Mais cedo ou mais tarde vocês vão admitir isso um pro outro, só deixe-a crescer!
[Razão] Quanta bobagem! Quanto idiotice! Ela só o vê como amigo, e você pode evitar ama-la é só querer!
[Sinceridade] Ele não pode, nem quer.
[Eu] Eu quero!
[Sinceridade] Outra prova de que é impossível. Mesmo querendo você não para de pensar nela.
[Eu] Eu não aguento mais, preciso gritar, expor isso!
[Sinceridade] Expor o que, se você não admite o que na verdade te aflige!
[Eu] Expor que tenho medo de perde-la! E que isso está me fazendo sofrer demais...
[Sinceridade] Tens medo de perder o amor dela! Tens medo de ela nunca o amar denovo!
[Esperança] Ela te ama, acredite!
[Razão] Vocês não podem se amar, entenda! Não a ame, e deixe-a amar quem ela quiser!
[Sinceridade] Admita que a ama!
[Eu] Eu não sei de nada que vocês dizem... eu só sei que sofro... e dói muito...